Quando assisto a um filme, que diga-se de passagem é classico, fico estupefato pela genialidade de expressar a realidade de forma poética, e é claro, de forma emancipatória. Eles não usam black-tie é um desses. Também, com um elenco de "arrepiar" os cabelos, composto por Gianfrancesco Guarnieri, Fernanda Montenegro, Bete mendes, Carlos Alberto Ricceli e Milton Gonçalves formam essas epopéia moderna.
É um filme baseado na fantástica peça de Gianfrancesco Guarnieri, que mostra o duro drama de uma familía de operários no grande ABC em São Paulo. Em resumo, o filme é uma retratação do conflito dos operários com a ditadura militar e suas políticas de "aroxo" salarial.
O que me chamou mais a atenção no filme é o cenário que o diretor Leon Hirszman usou para rodar o longa, onde passa-se em uma favela paulista, que no inicio dos anos 70, consolidou-se em São Bernardo do Campo-SP para disponibilizar mão-de-obra as indústrias que ali se instalaram. O enredo do filme é composto pelo conflito familiar gerado por uma greve no fim da década de 70; o presidente do sindicato dos metalúrgicos do ABC (Luiz Inácio Lula da Silva) decreta a greve geral, desesperada e sem a conscientização da categoria.
Vamos ao filme:
O pai, Otávio (Gianfrancesco Guarnieri) é um operário, idealista, socialista e convicto de sua situação como trabalhador explorado. Forte e corajoso entre os seus companheiros, experimentou várias lideranças dentro do sindicato, no que resultaram em algumas prisões, com isso ganha destaque entre os seus transformando-se num dos cabeças do movimento grevista. O filho, Tião (Carlos Alberto Ricceli) por motivos de sua namorada estar grávida e não perder o trabalho decide não acatar a greve liderada por seu pai, e ainda deleta os companheiros que a estão liderando, ocasionando a demissão dos mesmos. Para Tião, a greve é algo utópico, já que, quando criança viu seu pai ser preso e não obter resultados imediatos. Maria (Bete mendes) operária e idealista passa para o movimento grevista e é agredida pelos políciais, correndo o risco de perder o filho. Nesse contexto o filme chama a atenção por sua originalidade em retratar os fatos históricos dos operários, recuados e sem direcionamento, mais de 3 mil trabalhadores esperando uma solução perante à real situação da política industrial brasileira.
Eles não usam black-tie é um filme político e social, sempre atual no qual Gianfracesco Guarnieri criou de um lado, personagens marcantes e populares como Terezinha, Chiquinho, Dalvinha e Jesuíno que nos revelam um mundo alegre, descontraído e aparentemente feliz. Já por outro lado o filme se apresenta forte e densa revelando de maneira real os conflitos que atormentam personagens como Otávio, Romana, Tião, Maria e Bráulio. São tais encontros e são esses momentos alegres e comoventes , que nos provocam o riso e a dor, alegria e tristeza. Assim, se por um lado mostra um olhar profundo dentro da sociedade brasileira, por outro esse olhar vem embalado por um valor poético materializado na concepção socialista de mundos. Com certeza esse é um brilhante longa, que nos proporciona um pensar sobre nossa realidade.
Como o blog presa por um "despertar" da catarse, tá ai o torrent para baixar, então divirta-se, e se possível comente.
Bom filme!
O que me chamou mais a atenção no filme é o cenário que o diretor Leon Hirszman usou para rodar o longa, onde passa-se em uma favela paulista, que no inicio dos anos 70, consolidou-se em São Bernardo do Campo-SP para disponibilizar mão-de-obra as indústrias que ali se instalaram. O enredo do filme é composto pelo conflito familiar gerado por uma greve no fim da década de 70; o presidente do sindicato dos metalúrgicos do ABC (Luiz Inácio Lula da Silva) decreta a greve geral, desesperada e sem a conscientização da categoria.
Vamos ao filme:
O pai, Otávio (Gianfrancesco Guarnieri) é um operário, idealista, socialista e convicto de sua situação como trabalhador explorado. Forte e corajoso entre os seus companheiros, experimentou várias lideranças dentro do sindicato, no que resultaram em algumas prisões, com isso ganha destaque entre os seus transformando-se num dos cabeças do movimento grevista. O filho, Tião (Carlos Alberto Ricceli) por motivos de sua namorada estar grávida e não perder o trabalho decide não acatar a greve liderada por seu pai, e ainda deleta os companheiros que a estão liderando, ocasionando a demissão dos mesmos. Para Tião, a greve é algo utópico, já que, quando criança viu seu pai ser preso e não obter resultados imediatos. Maria (Bete mendes) operária e idealista passa para o movimento grevista e é agredida pelos políciais, correndo o risco de perder o filho. Nesse contexto o filme chama a atenção por sua originalidade em retratar os fatos históricos dos operários, recuados e sem direcionamento, mais de 3 mil trabalhadores esperando uma solução perante à real situação da política industrial brasileira.
Eles não usam black-tie é um filme político e social, sempre atual no qual Gianfracesco Guarnieri criou de um lado, personagens marcantes e populares como Terezinha, Chiquinho, Dalvinha e Jesuíno que nos revelam um mundo alegre, descontraído e aparentemente feliz. Já por outro lado o filme se apresenta forte e densa revelando de maneira real os conflitos que atormentam personagens como Otávio, Romana, Tião, Maria e Bráulio. São tais encontros e são esses momentos alegres e comoventes , que nos provocam o riso e a dor, alegria e tristeza. Assim, se por um lado mostra um olhar profundo dentro da sociedade brasileira, por outro esse olhar vem embalado por um valor poético materializado na concepção socialista de mundos. Com certeza esse é um brilhante longa, que nos proporciona um pensar sobre nossa realidade.
Como o blog presa por um "despertar" da catarse, tá ai o torrent para baixar, então divirta-se, e se possível comente.
Bom filme!
huahua massa, agora começar a escrever pra revistas virtuais.
ResponderExcluirSaudade rapá, abraço.
Imagina né....se acha que alguem pagaria por issoo rsrsrs...abraçaummm corpois, saudade tbm, e como tá seu ego dentro do eurocentrismo? Abraçaummm
ResponderExcluirahuahuahu meu ego foi dilacerado desde o dia que entreguei meu primeiro curriculum. Se achar quem paga pra alguem escrever e pensar me avisa. To quase espancando meu partrão. sorte a dele que sei mt bem respirar e infelizmente tenho mt bem a noção do fundo do meu bolso,... coisa que felizmente nao basta pra manter a integridade dele (e minha) intacta.
ResponderExcluirPor hj dancei até forró com portuguesas e abri roda com os malucos, um bocado estranho. No andar de cima "calcinha preta, clara nunes e bezerra da silva" no andar de baixo "rage against the machine e motorhead" o supermarketing na balada.
abraço. saudade.