segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Para que serve a Utopia?

"O direito ao delirio." Por Eduardo Galeano.




E por isso sonhamos, e com esse, sempre objetivando o mundo que queremos.

sábado, 17 de dezembro de 2011

A despedida.

Desmanchando o quarto para a mudança, tirando coisas da parede que nunca pensou-se tirar tão cedo, olho coisas do passado, bagunça por toda parte, principalmente no interior, percebe que algo mudou, se olha no espelho e pensa: quem mudou foi você!

O nó no peito, dito por um amigo, toca o íntimo e por um momento sai, sai nas lágrimas de um homem, quase “balsacquiano” diga-se, feito uma cachoeira em dias de tempestade. A nostalgia adquirida ao longo desses cinco anos, e a transformação, daquele menino rioclarense, pobre, filho de um pedreiro e uma cozinheira, o primogênito de quatro, agora homem conhecedor do mundo, reconhecendo a necessidade de lutar, já que, a classe o pertence por natureza. Despede-se de um circulo: de amigos, de política, dos amores, das desilusões; despede-se de um pedaço de um circulo humano, da vivência.

Os amigos. Ah amigos! Muitas alegrias, irritações, abraços, choros, derrotas, muitas vitórias, “ousar lutar é ousar vencer”, sempre estiveram lá, mesmo de cara virada, permaneceram amigos. Aqueles mais reclusos, os mais falantes (como eu!), tem aqueles que passaram tão rápido que temos que buscar a recordação lá embaixo no fundo da lembrança, e tem aqueles que vive o desenvolvimento juntos, sem desistir, enfrentando as dificuldades materias e espirituais. Enfim, a amizade é a mais pura demonstração de que o homem, o ser social, não é mal, só quem não tem amigos de verdade pode acreditar nessa ideologia decadente.

Os amores. Quantas lágrimas roladas por elas, quantos sorrisos, quantas alegrias e sinceridades, apertos de abraços, etc. Às Helenas, às Capitu(s), às Olgas, enfim, me fizeram amadurecer a cada dia e perceber, “o amor é uma coisa mais profunda que uma transa casual”, já diria o mestre. Os amores inocentes, aqueles que não deram certo e ficaram, aqueles que estão dando, os vividos na chegada e os sentidos na saída, aqueles que ficaram nos olhares, todos, os amores ficarão para sempre.

Os professores. Aqueles que foram os responsáveis também pela formação, a satisfação de conhecê-los, de ter vivido juntos amarguras e catarses, com vários “arranca rabo”, mostrou-me que é no respeito e no diálogo que conquistamos a confiança e a admiração dos “mestres”. Em

especial aos professores Ozaí e Maria, suas vidas foram exemplos de dignidade e

companheirismo, que vai muito além da simples relação professor/aluno, adentra na relação da admiração da amizade, do amor. Obrigado por terem me acolhido.

Agora sou um professor, às responsabilidades com o mundo aumentam, o coração de estudante fica nessa nostalgia de despedida, o que vem pela frente é o mundo crescido. Maringá permanecerá nas minhas lembranças mais íntimas, e nessa última noite, ao som de Bob Marley, coloco mais uma etapa na vida. É viver como homem, porém, nunca perdendo aquela criança meiga que sonha com outro mundo.

Até logo Maringá, até logo Amigos!

Alex Willian. 17/12/2011