terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A Erva do Diabo


O livro narra, em sua magnitude, o encontro entre o antropólogo Carlos Castaneda da Universidade da Califórnia com o índio Yaqui Dom Juan, no Deserto de Sonora, norte do México.
Interessado apenas em estudar o uso de plantas alucinógenas por certos povos indígenas para tese de mestrado na universidade da Califórnia, Castaneda não poderia imaginar que se envolveria na maior aventura de sua vida: tendo a revelação de uma dimensão desconhecida da realidade, ou seja, alterando entre dois mundos diferentes, a realidade comum e a realidade não-comum, tornando-se aprendiz de feiticeiro, por sutis manipulações do "brujo", que significa curandeiro, feiticeiro, Dom Juan.
O objetivo central é o encontro de um caminho do conhecimento pleno, mas para percorrê-lo o autor é obrigado a enfrentar duras provas e obstáculos terríveis, até que descobre como dominar o primeiro e maior inimigo: seu próprio medo. Carlos Castaneda, orientado por Dom Juan, conduz por aquele momento do crepúsculo, a fresta do universo que há entre o claro e o escuro, um mundo que não é apenas radicalmente diferente do nosso, mas também de uma ordem e realidade inteiramente diferentes, onde vivem os guerreiros da liberdade total, donos absolutos de suas constâncias. A obra não é somente uma narrativa de experiências alucinógenas, as sutis manipulações de Dom Juan conduzem o leitor curioso enquanto suas interpretações dão significados aos fatos.

O livro é a história dos cinco anos que esses dois homens passaram juntos como mestre e aluno, anos estes em que Dum Juan ensinou Castaneda os usos do peiote e outras plantas alucinógenas, que manipuladas com sabedoria, permite conseguir a visão e o domínio de um mundo de "realidade extrasensorial", completamente além dos conceitos de civilização ocidental, pondo-o a caminho da estranha e aterradora jornada espiritual que o homem tem de empreender para tornar-se um "homem de sabedoria", ou seja, vencer seu medo.


O livro

O livro é parte de uma trilogia autobiográfico: “A Erva do Diabo”, “Uma Estranha Realidade” e “Viagem a Ixtlan.” Logo o primeiro deles toma notoriedade entre os jovens da década de 60, um best-seller para o Movimento hippie. Porem recebe grande crítica da acadêmia devido a suas amostras não serem suficientes para uma pesquisa científica.

Na narração é percebido a dicotomia entre duas realidade, a realidade comum e a realidade não-comum; uma representa o cotidiano em que as sensibilidades são suprimidas devido a uma padronização do pensamento, a outra, de forma simplória, é percebida com a ajuda dos “aliados”, onde é aflorado as percepções naturais.

O livro tem como tese principal: o Homem de Conhecimento; e para isso é necessário trilhar o caminho em busca do desconhecido, que é, segundo Juan, o próprio medo. Para isso é fundamental dominar o “aliado”, que são, de forma alegórica, as ervas alucinógenas. Para o índio as plantas trazia a importância, e possuíam a capacidade de provocar estados de uma percepção especial; tais plantas eram compostas principalmente por três espécie: o peiote, cacto que contem o alucinógeno mescalina; a datura (Datura Stramonium), tem o nome popular de erva-do-diabo e os cogumelos. Logo após a aceitação de Castaneda como aprendiz, que ocorreu no dia 23 de junho de 1961, acontece sua primeira experiência.

Agora paro por aqui, fica a indicação para leitura nesse verão. Boa leitura!

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