sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Devaneios...

Numa sexta-feira, preparando para ir almoçar eu e meu amigo Iglesias (Rafael), lembramos de um artista (que faz arte!) que realmente mexe com nossos corações: Belchior. Certamente veio as comparações e questionamentos, que são próprios dessa minha forma cartesiana de pensar; qual é o melhor disco dele? Claro que querer usar comparações para legitimar um e desprezar o outro, ou, continuando usando o exemplo do mestre Belchior, querer analisar as letras dos outros discos e eleger "o melhor" é empobrecer a arte.
Almoçando no pop (restaurante popular) e interagindo com os olhares das pessoas, me veio à mente a musica Conheço Meu Lugar, do disco Era uma Vez o Homem e seu Tempo de 1979. Puxo a discussão com o Rafa sobre tais comparações ditas anteriormente no texto; é claro que não chegamos a um consenso, nem poderíamos chegar, pois cada um possui anseios, sensibilidades e amores próprios, mas contrariando o que foi escrito por mim ali atrás comparei. Com todo seu charme cearense Belchior nesse disco fez render lágrimas, não resistindo a seu bigode e sua voz (Um pouco fãããnha!) onde me faz lembrar a terra deixada, entrou na minha lista de artes que essa geração criou.
Começando com Medo de Avião e terminando com Medo de Avião II Belchior abre voo à sua criatividade, passando por Retórica Sentimental e rasgando a alma em Tudo Outra Vez, esse disco deixa-nos de boca aberta. Para pecar mais uma vez: esse realmente se mostra como "O disco" de Belchior.
Reproduzindo uma frase dita pelo Rafa na fila: "Nesse (disco) ele tava inspirado!"
Fica ai a nossa conclusão e nossa preferência, e é claro, nosso pecado.
Para os curiosos... (ler mais), se gostou, tá ai o presente: down


Um beijo da Faca-do-Feijão...



6 comentários:

  1. Hahaha, que frase besta essa minha, mas é que falei isso em comparação com os outros discos, os que vieram depois principalmente. (E quem não tava na discussão na hora não tem acesso à esses detalhes né) Pelo menos no nosso gosto em particular é esse que melhor sintetiza a poesia humana/imigrante e uma música é bem diferente da outra. Criatividade demais, não segue um padrão "eletronização" ou "brasileirização" como dos discos do brotinho de bambu.

    É o bigode na sua melhor forma.

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  2. Seu bigode enfeita nossas vidas, e a sala de casa também! rsrsrs

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  3. Essa nossa metamorfose é constante, dialética, por isso já não penso que esse é o melhor disco; o Objeto Direto é divino.

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  4. Como prometido há muuuito tempo, vou postar aqui
    já que não adianta só falar pro autor-blogueiro Alex que eu LI e GOSTEI do texto.. kkkkk

    Reproduzindo o que eu disse pessoalmente, quando vi o post, e comecei a ler "Numa sexta-feira, preparando para ir almoçar eu e meu amigo Iglesias (Rafael), lembramos de um artista (que faz arte!) que realmente mexe com nossos corações: Belchior.", já pensei "ahh que lindo"

    hahahah e é isso, não sei se posso concordar se este é o 'melhor' disco, pq na verdade conheço mestre Belch 'aletoriamente', e não por discos rsrs
    Mas no momento estou mais Objeto Direto :)

    Abraço da Nicks pra vcs três (alex iglesias e belchior rsrs)

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  5. Difícil mesmo escolher um... Cada um com sua particularidade, né?
    Eu,particularmente, me comovo muito com "Era uma vez o homem e o seu tempo", principalmente pela sinceridade e delicadeza, mas Objeto Direto tem algo... Alguma coisa ali me prende, querer ouvir o disco todo mesmo quando pretendo ouvir apenas uma música.

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  6. Consigo dizer o que gosto menos: Melodrama.
    Por motivos óbvios que ele mesmo explica na última faixa do disco.

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