De tempos em tempos, aparece um filme que comprova, mais uma vez, a força e o valor da simplicidade e magnitude que está embutida no homem. Quanto mais o cinema se perde em efeitos pirotécnicos, montagens estroboscópicas (nem sei se existe essa palavra!), tomadas de câmera mirabolantes e trilhas sonoras intermitentes e irritantes, mais a sobriedade narrativa e a sensibilidade fotográfica encontra seu espaço e conquista fãs em todo o mundo. A mais recente prova disso é a co-produção Israel/ França/ EUA “A Banda” . Toda a trama de A banda, filme do diretor e roteirista Eran Kolirin, parte de uma frase que é colocada bem nos créditos iniciais do longa. Ela nos diz que: “uma vez, uma banda chegou em Israel, mas ninguém acabou se lembrando dela.” É justamente a encenação desta frase que assistimos na primeira cena de “A Banda”: a Orquestra Policial de Alexandria (Egito) acaba de chegar em Israel, mas, por alguma razão que não fica claro para nós, quem os contratou se esqueceu de pegá-los no aeroporto e transportá-los para o Centro Cultural Árabe aonde eles iriam fazer um concerto. Além disso, um erro de escrita coloca os integrantes em um lugar esquecido por todos; são obrigados a dormirem em um bar local e aguardar a embaixada resolver o problema. Inicia-se o entrelaçamento dos personagens. Não vou descrever aqui a trama, porque não chegará nem de perto o que o longa tem a oferecer, pretendo apenas causar a curiosidade.
A sacada do diretor, talvez, é contextualizar a causalidade, que ocorre em nosso cotidiano sem perceber que vivemos “distraídos”. Ao iniciar pelo fato de que eles (a banda) erraram o nome da cidade e vão para em outra cidade oposta, mostra essa determinação do acaso. Outro fato percebido é a cena de um personagem local com um integrante da banda (Simon), ambos angustiados. Simon por não conseguir terminar de compor um soneto de abertura do concerto; o personagem local estava desempregado e passava por problemas conjugais. O roteiro do filme nos leva a interpretar que a solução está nos atos menos perceptíveis da vida, onde os choques dos problemas de ambos mostra o guia para perceber tal anomia.
O longa possui uma fotografia espetacular e tomadas de cenas fantásticas. Com a valorização do ambiente local e cultural o filme torna-se uma obra prima moderna, e sua trilha sonora compõem a maravilhoso enredo cinematográfico. Vale à pena “perder” um tempo e parar para assisti-lo. Como foi dito no inicio do texto, não é todo dia que assistimos a um longa e sentimos essa “estranheza” agradável.
Pensando em disseminar o melhor da Arte, tive o prazer de procurar o link para baixá-lo, e coloca-lo aqui para contribuição. Sem esquecer de agradecer ao Comodis, já que, foi sua a indicação do estupendo longa israelense.
Baixar o filme: Vagalume Rosa (via torrent)
Boa pipóca!
Fala Alex. Passei por aqui só para agradecer pela referência ao Vaga (nesse e no "Eles não usam Black Tie"). Obrigado mesmo pela divulgação, viu? A equipe toda aprecia o carinho :).
ResponderExcluirIsso é nossa obrigação enquanto indivíduos comprometidos na divulgação das coisas belas!
ResponderExcluirParabéns pelo blog.
Lembrando que foi indicação do comodoro! Se mais alguem sentir a necessidade de contribuir pode comentar, toda contribuição é bem vinda.
ResponderExcluirTo achando que vai ser esse o filme de retorno do Cine&Sereno!?
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